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EDUCAÇÃO INFANTIL NA CRECHE NA PERSPECTIVA
INCLUSIVA:
reflexões sobre o uso das Tecnologias Assistivas
Resumo
Este estudo trata de uma abordagem inclusiva na Creche-Educação Infantil, lugar da
primeira infância, a fase fundamental na constituição do sujeito devido às grandes
plasticidades neuronais e momento de desenvolvimento e aprendizado pleno. Sobretudo, é
uma fase marcada pela escassez de projetos pedagógicos na Educação Infantil que
reconheça as necessidades inclusivas no acolhimento das crianças com/sem necessidades
especiais. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa descritiva e bibliográfica com abordagem
dedutiva e paradigma qualitativo foi desvelar as contribuições e potencial das tecnologias
assistivas nas instâncias de cuidar e educar. Adotou-se como base para abordar a primeira
infância e desenvolvimento das crianças, as ideias de Brasil, Kramer, Oliveira, Piaget e
Winnicott. Enquanto, para sustentar sobre inclusão e as tecnologias assistivas se aplicaram
os pensamentos de Bersch, Mantoan, Mendes e Souza, além de se respaldar nas legislações
acerca da inclusão e da educação brasileira. A priori, as ponderações teóricas e
epistemológicas indicam que a criança nesta fase precisa ter o direito de aprendizagem
garantido pela escola da infância, tendo como eixo condutor a diversidade e a inclusão.
Ademais, o estudo revela que é primordial que os docentes se apropriem da Tecnologia
Assistiva para favorecer vivências para crianças com/sem deficiências construindo espaços
inclusivos e acolhedores que evoquem processos de aprendizagens e interações
significativas para todas as crianças e as famílias. De modo geral, conclui-se que as
tecnologias assistivas representam um dispositivo potencializador de possibilidades
inclusivas experienciadas pelas crianças de zero a três anos no período de Creche-Educação
Infantil.
Palavras-chave: Creche, Processo inclusivo, Tecnologia Assistiva.
CHILD EDUCATION IN CARE IN THE INCLUSIVE
PERSPECTIVE :
Reflections on the use of Assistive Technologies
Abstract
This study deals with an inclusive approach in Nursery-Education, place of early childhood,
the fundamental phase in the constitution of the subject due to the great neuronal plasticity
and moment of development and full learning. Above all, it is a phase marked by the scarcity
of pedagogical projects in Early Childhood Education that recognize the inclusive needs in
the reception of children with/without special needs. In this sense, the objective of this
descriptive and bibliographic research with a deductive approach and a qualitative paradigm
was to unveil the contributions and potential of assistive technologies in care and education.
The ideas of Brasil, Kramer, Oliveira, Piaget and Winnicott were adopted as a basis for
approaching early childhood and children's development. While, to support inclusion and
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assistive technologies, the thoughts of Bersch, Mantoan, Mendes and Souza were applied, in
addition to supporting legislation on inclusion and Brazilian education. At first, the
theoretical and epistemological considerations indicate that the child at this stage needs to
have the right to learning guaranteed by the childhood school, having diversity and inclusion
as a guideline. In addition, the study reveals that it is essential that teachers take advantage
of Assistive Technology to favor experiences for children with/without disabilities, building
inclusive and welcoming spaces that evoke learning processes and meaningful interactions
for all children and families. In general, it is concluded that assistive technologies represent
a device that potentiates inclusive possibilities experienced by children from zero to three
years of age in the daycare-infant education period.
Keywords: Childcare, Inclusive process, Assistive Technologies.
EDUCACIÓN INFANTIL EN LA GUARDERÍA EN LA
PERSPECTIVA INCLUSIVA:
reflexiones sobre el uso de las Tecnologías Asistivas
Resumen
Este estudio aborda un enfoque inclusivo en la Educación Infantil, lugar de la primera
infancia, fase fundamental en la constitución del sujeto por la gran plasticidad neuronal y
momento de desarrollo y aprendizaje pleno. Sobre todo, es una etapa marcada por la escasez
de proyectos pedagógicos en Educación Infantil que reconozcan las necesidades inclusivas
en la acogida de niños con/sin necesidades especiales. En ese sentido, el objetivo de esta
investigación descriptiva y bibliográfica con enfoque deductivo y paradigma cualitativo fue
develar las contribuciones y potencialidades de las tecnologías asistivas en el cuidado y la
educación. Las ideas de Brasil, Kramer, Oliveira, Piaget y Winnicott fueron adoptadas como
base para abordar la primera infancia y el desarrollo infantil. Mientras que, para apoyar la
inclusión y las tecnologías asistivas, se aplicaron los pensamientos de Bersch, Mantoan,
Mendes y Souza, además de apoyar la legislación sobre inclusión y educación brasileña. A
priori, las consideraciones teóricas y epistemológicas indican que el niño en esta etapa
necesita tener el derecho al aprendizaje garantizado por la escuela infantil, teniendo como
directriz la diversidad y la inclusión. Además, el estudio revela que es fundamental que los
docentes aprovechen la Tecnología Asistiva para favorecer experiencias para niños con/sin
discapacidad, construyendo espacios inclusivos y acogedores que evoquen procesos de
aprendizaje e interacciones significativas para todos los niños y familias. En general, se
concluye que las tecnologías asistivas representan un dispositivo que potencializa las
posibilidades inclusivas que experimentan los niños de cero a tres años en el período de
educación infantil-cuidado.
Palabras clave: Guardería, Proceso inclusivo, Tecnologías Asistivas.
“Não, não tenho caminho novo.
O que tenho de novo é o jeito de caminhar”
(Thiago de Mello)
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INTRODUÇÃO
O processo inclusivo (PI) ainda é um desafio na contemporaneidade, principalmente,
quando se o enfoque são as crianças com/sem deficiências visíveis. Os desafios docentes
diante deste cenário são muitos, dentre estes estão: favorecer espaços inclusivos desde a
Educação Infantil (EI) por meio da conscientização da comunidade escolar, familiares e
crianças, além de vivenciar e experimentar Tecnologias Assistivas (TA) como novas
possibilidades de inclusão e aprendizagem no processo indissociável do educar e cuidar
No entanto, referente aos desafios da Educação Infantil a primazia de um
atendimento inclusivo de acolhimento a todas as crianças em suas diversas necessidades,
sobretudo, as com necessidades especiais favorecendo escuta, atenção e atendimento de
qualidade adequado às especificidades que esta modalidade de educação orienta para um
desenvolvimento integral.
Nessa direção, educar para as infâncias na perspectiva inclusiva, promove o
desenvolvimento pautado nas diferenças e provoca percepção de que o processo inclusivo é
integral e parte de um projeto de toda a comunidade escolar deve abarcar a enquanto
condição humana.
A educação na primeira infância numa perspectiva inclusiva prevê mudanças de
conceitos e ações que geram mudanças estruturais e educacionais na Educação Infantil,
sobretudo, nas creches que trabalham com crianças de zero a três anos e as famílias.
Nessa perspectiva é fundamental a materialização dos avanços legais de um processo
de inclusão na Educação Infantil tendo como referência o desenvolvimento humano. Assim,
o atendimento das creches deve primar tanto pelas crianças que apresentam um
desenvolvimento “típico”, dentro do esperado diante dos estudos sobre desenvolvimento e
também daquelas que possuem alguma deficiência ou necessidade especial.
Sobre o pressuposto inclusivo, a criança está no centro de uma educação que requer
cuidados e ao mesmo tempo compõe foco da educação especial tem direito a experimentar
a infância, compreendendo que esta etapa é constitutiva do desenvolvimento de qualquer
pessoa.
Outro pressuposto é que toda criança deve estar na escola regular em todas as
modalidades da Educação Básica usufruindo de uma educação de qualidade que consolide
aspectos como: alteridade, subjetividades, diversidades e equidade. Junto a isso, merece
destaque o fato de que a educação inclusiva deve ser um projeto coletivo e colaborativo.
No tocante às crianças, é importante destacar o aumento do índice de crianças com
deficiências (auditiva, física, visual e múltipla) e necessidades especiais diversas que já
frequentam a creche e que muitas famílias desconhecem esta situação. (Souza, 2019). Este
desconhecimento por parte das famílias, professores e comunidade escolar compromete o
atendimento adequado às crianças, bem como, repercute no processo formativo quanto à
garantia do desenvolvimento infantil.
Logo, se evidencia que a inclusão se concretiza na medida que é possível a
participação plena da criança com necessidades educacionais especiais ou não. Neste sentido,
os debates e estudos acerca da Educação Inclusiva, circunscrita ao nível da Educação Infantil,
e mais especificamente às creches é fundante para uma proposta educativa que possua
alicerces inclusivos.
Nesse sentido, justifica-se este estudo pela necessidade de garantir a inclusão das
crianças com qualquer deficiência, suscitando estudos sobre o uso de recursos tecnológicos
para auxiliar o desenvolvimento da pessoa com deficiência, denominada de tecnologia
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assistiva.
Portanto, neste estudo o objetivo foi investigar sobre a inclusão na Educação Infantil
a fim de desvelar os potenciais de contribuição das Tecnologias Assistivas para o
desenvolvimento das crianças.
METODOLOGIA
Para isto utilizou-se de pesquisa bibliográfica a autores que escreveram sobre o
assunto em livros, revistas, jornais, sites, entre outros, com foco na educação infantil (creche),
educação inclusiva e a tecnologia assistiva.
A pesquisa é fundamental para a construção do conhecimento, é através dela que o
ser humano pode conhecer e intervir no mundo social, transformando-o de forma a
favorecer uma educação inclusiva em todas as etapas da Educação Básica. É a partir das
pesquisas científicas que o homem evolui e desenvolve-se tanto nas questões externas e
internas do próprio homem.
A ciência não é somente transmitir conhecimento do educador para o educando
dentro do meio acadêmico, a ciência pressupõe investigação e pesquisa e através desta que
existe a descoberta do cotidiano. É preciso aprofundar esta realidade e isso é feito por meio
de pesquisa.
Com isso, a abordagem qualitativa contempla uma variedade de outras modalidades
de pesquisas. É uma pesquisa que valoriza a compreensão e interação entre quem busca
compreender o fenômeno e aquele que compõe uma situação investigada.
A pesquisa de abordagem qualitativa valoriza a compreensão e interação entre quem
busca a compreender um objeto, ela é derivada de subjetividade prevista na aceitação das
diferenças, uma vez que não obedece os parâmetros das Ciências Exatas, quando se escolhe
um tema, isso se deve a subjetividade de quem investiga, pois ele seleciona e qualifica o
fenômeno e desenvolve e fundamenta suas ideias a partir do comprometimento de estudo.
Assim, fundamentado em Andrade (2010), esta investigação é bibliográfica por ser
uma das etapas fundamentais para a pesquisa científica, a partir dela o investigador poderá
ter a noção do que foi produzido acerca do tema que ele pretende pesquisar.
Desse modo, a pesquisa bibliográfica representa o primeiro passo para todas as
atividades acadêmicas. Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente,
a pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos críticos,
monográficas não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas
exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do
assunto, nas citações, na apresentação das conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos
os alunos realizaram pesquisas de laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que
todos, sem exceção, para elaborar os diversos trabalhos solicitados, deverão empreender
pesquisas bibliográficas (ANDRADE, 2010, p. 25).
Neste estudo, utilizaram-se livros, os documentos legais sobre inclusão a respeito de
tecnologias assistivas e Educação Infantil, bem como, artigos científicos, com o intuito de
fundamentar as ideias abordadas, uma vez que uma pesquisa de cunho científico se
desenvolve a partir de teorias preexistentes, para depois se chegar a um novo conhecimento.
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DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA CONSTITUIÇÃO DO SER HUMANO:
UMA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA/PARA E PELA
INFÂNCIA POTENCIALIZADA PELAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
A creche, etapa da EI, é uma conquista garantida pela Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (DBEN) estabelecida pela Lei nº 9394/1996, passando o ensino às crianças de 0 a
5 anos a ser obrigatório. Esta etapa da EI, posteriormente, foi sustentada pelas Diretrizes
Curriculares da Educação Infantil (RCNEI) para atender a primeira infância.
Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às
quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que
constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que
educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno,
em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão
competente do sistema de ensino e submetidos a controle social (BRASIL,
2010 p. 14).
Se trata da etapa da vida que influencia positiva ou negativamente nas futuras
possibilidades como cidadão. Os primeiros anos da infância são a base vital de construção
da personalidade humana que depende do entorno e impactam no comportamento da
criança. Neste período que se desenvolvem as habilidades básicas de linguagem e
motricidade, aprimorando as habilidades sensoriais (visão, olfato, audição e cinestesia), as
quais promovem a construção do conceito de si desde a imagem que tem de si e do mundo
que rodeia.
A Educação Infantil marca também a primeira separação das crianças das famílias
para uma educação complementar. A criança na creche é uma possibilidade de continuidade
de cuidados e bem-estar físico, além do ambiente familiar dando continuidade às diversas
construções intelectuais.
Os primeiros anos de vida de uma criança têm sido considerados cada vez
mais importantes. Os três primeiros anos, por exemplo, são críticos para
o desenvolvimento da inteligência, da personalidade, da linguagem, da
socialização etc. A aceleração do desenvolvimento cerebral durante o
primeiro ano de vida é mais rápida e mais extensiva do que qualquer outra
etapa da vida, o desenvolvimento do cérebro é muito mais vulnerável
nessa etapa e pode ser afetado por fatores nutricionais, pela qualidade da
interação, do cuidado e da estimulação proporcionada à criança
(MENDES, 2010, p. 72).
A educação infantil prioriza as relações entre crianças, professores, comunidade
escolar e famílias no cotidiano, bem como, requer que as vivências educativas sejam baseadas
nos princípios éticos e estéticos presentes nas diretrizes curriculares da Educação Infantil
estabelecendo relações lúdicas e criativas.
Dessa maneira, a primeira infância envolve o estudo comportamento respeitando
tanto o desenvolvimento físico e cognitivo, bem como, linguístico e socioafetivo. Minetto
(2008) que discorre que conhecer e se apropriar do tema inclusão se tornou fundante para
dirimir os medos e inseguranças a respeito do atendimento à pessoa e ou crianças com
deficiência. Incluir exige abertura ao desconhecido, visto que requer mudanças, alterações,
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novas reestruturações, conhecimentos da legislação sobre inclusão e alternativas de como
atender o aluno que tem deficiência no ambiente educacional.
Em termos de marco legal para a infância, ressalta-se o Plano Nacional Primeira
Infância (PNPI 2020) que determina o respeito do ritmo individual de aprendizagem a partir
do contexto sociocultural.
O Art. 4°. Estabelece marcos legais para as políticas públicas voltadas à
primeira infância: respeito a diferenças entre as crianças, notadamente em
relação a ritmos e tempos de desenvolvimento; respeito aos contextos
sociais e culturais da criança e de seu grupo social, assumindo esses
contextos como condicionantes e facilitadores do desenvolvimento
infantil; importância de os conhecimentos científicos e tecnológicos não
se pretenderem neutros e absolutos, mas enraizados nas construções
humanas, devendo se articular com outros campos de conhecimento e
com a ética e a política (BRASIL, 2020, p. 226).
Este documento político e técnico que orienta decisões, investimentos e ações de
proteção e de promoção dos direitos das crianças na primeira infância. A atualização do
PNPI teve como referência e guia o Marco Legal da Primeira Infância (MLPI), como é mais
conhecida a Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016.
Como determinado por esta política pública, como cada ser humano tem
peculiaridades e ritmo distinto, o professor deve conhecer e reconhecer para melhor acolher
esta criança e conduzi-la para o processo de aprendizagem sem rupturas.
Cada criança tem um ritmo e uma forma própria de desenvolvimento,
construídos com base em sua experiência cotidiana com adultos e com
outras crianças. Assim, é preciso acolher a diversidade, o que requer de o
professor tornar as práticas pedagógicas mais diversificadas, acolhedoras
e produtivas, usando flexibilidade e sensibilidade (OLIVEIRA, 2011, p.
72).
O PNPI baliza o trabalho na primeira infância revelam conquistas que explicitam a
necessidade de um olhar cuidadoso para o desenvolvimento integral das crianças e das
infâncias, bem como, da função da família, da escola, e de profissionais da educação, bem
como, a necessidade de um trabalho interdisciplinar visando atender as crianças no tempo e
no espaço.
O período que vai do nascimento até a aquisição da linguagem é marcado
por extraordinário desenvolvimento intelectual. Junto a isso, revela
grandes conquistas desta etapa da vida das crianças como a vontade, a
socialização, organização do pensamento e a possibilidade de vivenciar
várias experiências (PIAGET, 1972, p. 16).
De acordo com as contribuições teóricas e epistemológicas, o ciclo vital na
primeiríssima infância no período da creche representa um estágio de grandes conquistas e
transformações que serão basilares para uma vida futura. Neste sentido, a primeiríssima
infância vai da gestação aos 3 anos de idade.
A Primeira Infância é o período dos primeiros seis anos completos de vida da criança,
e representa um estágio de grandes transformações e conquistas que servirão de base para
toda a vida futura. Assim, o cuidar e o educar como amorosidade, bem como uma escuta
ativa , o olhar atencioso na rotina de alimentação, higiene, brincadeira, proteção, socialização
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e estabelecimento de limites são fundamentais na creche para garantir os direitos de
aprendizagens das crianças bem pequenas.
É por meio das interações com a família e a escola que as crianças desenvolvem as
relações com o mundo e consigo. Nesse sentido, Winnicott (1975, p. 218) afirma que “a
escola tem que estar apta para desempenhar a função da mãe/cuidadora, que deu a confiança
à criança nos primeiros tempos”. Com isso, as ações junto à primeira infância merecem
intervenções preventivas, criativas e expressivas com responsabilidades de quem marca o
corpo e a mente do outro.
Desse modo, pondera-se que a creche ao trabalhar com a promoção do
desenvolvimento humano está se relacionando com ao mesmo tempo com a
escola/família/criança investigando-as de forma colaborativa, crítica e acolhedora. No
entanto, revela-se ainda a necessidade de se pensar projetos inclusivos, singulares que
requerem uma revisão de concepção de criança e infância, bem como, uma atitude curiosa e
pesquisadora dos sujeitos da Educação.
Fruto de muitos estudos e embate social, político e de vastas reflexões acerca da
Educação Infantil, os gestores e os professores de creches são desafiados a pensar sobre
práticas educativas inclusivas que adotem uma visão de infância que valide as sutis interações
com os bebês, que reconhece crianças e famílias como seres que têm conhecimentos e
experiências prévias fundantes no desenvolvimento infantil. Portanto, cabe considerar a esse
respeito a indissociabilidade do cuidar e educar.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para
o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser
e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e
confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da
realidade social e cultural. [...] A base do cuidado humano é compreender
como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. Cuidar significa
valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em
relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e
implica em procedimentos específicos (BRASIL, 1998, p. 23).
Nessa conjuntura, cada detalhe do espaço formativo da creche pode ser um
potencializador para que as crianças avancem no desenvolvimento da aprendizagem e na
formação humana a partir de situações desafiadoras para o desenvolvimento positivo da
autoimagem, independência e autonomia. Esse protagonismo, desde a mais tenra idade, e a
atuação como partícipes nos projetos socioeducativos vivenciam é um hiato para que as
crianças passem a ser vistas como o centro do currículo.
Assim, de acordo com Winnicott (1975) a escola para primeira infância pode agir
preventivamente com relação à saúde da criança, bem como contribuir para o processo de
amadurecimento, ao estar atenta aos aspectos emocionais envolvidos no processo de cuidado
e de aprendizagem.
Salienta-se que o diagnóstico pedagógico precisa ser bem-feito, a fim de auxiliar a
criança no desenvolvimento, valorizando o conhecimento da história inicial e das
particularidades de cada aluno.
A partir das discussões apresentadas, destaca-se a complexidade do cotidiano da
creche nos atendimentos aos bebês, com o intuito de serem contextos plenos e fomentadores
de desenvolvimento humano, capacidade de aprendizagem, socialização e garantia de
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direitos. Além do processo inclusivo de crianças com/sem deficiências, o que se denomina
neste estudo como educação inclusiva.
Sobre os princípios da Educação Inclusiva, acentuam-se os esforços para os desafios
revolucionários para conciliar uma educação integral e acolhedora com base no fator humano
Os recursos físicos e os meios materiais para a efetivação de um processo
escolar de qualidade cedem a sua prioridade ao desenvolvimento de novas
atitudes e formas de interação na escola, exigindo mudanças no
relacionamento pessoal e social e na maneira de se efetivar os processos
de ensino e aprendizagem (MANTOAN, 2003, p. 9).
Sem embargo, a função do educador deve ser executada para combinar técnica, afeto
e respeito às diversidades, garantindo um desenvolvimento saudável e seguro às crianças.
Reflexões estas que conduzem à prática da escola inclusiva.
O principal desafio da Escola Inclusiva é desenvolver uma pedagogia
centrada na criança, capaz de educar a todas, sem discriminação,
respeitando suas diferenças; uma escola que dê conta da diversidade das
crianças e ofereça respostas adequadas às suas características e
necessidades, solicitando apoio de instituições e especialistas quando isso
se fizer necessário (BRASIL, 1998, p. 28).
Ainda sobre a inclusão é importante pontuar que a inclusão é a diferença, pois todas
as pessoas são diferentes. Nesse sentido, Mantoan (2003), a diferença requer se apropriar de
um conceito muito fundante para a compreensão da inclusão. Junto a isso, pressupõe-se que
cada ser humano é singular e possui características sociais, culturais, maneiras, modos
diferentes de ser e agir. Portanto, é imprescindível sensibilizar a todos de que é necessário ter
essa compreensão, a partir deste entendimento, não há por que excluir pessoas, sejam elas
crianças, adultos ou idosos.
Mantoan (2003) ainda afirma que a concepção inclusiva é um paradigma que precisa
ser divulgado com profundidade, sensibilidade, bem como, necessita ser pauta de discussão
na formação de professores da primeira infância, sobretudo, no que diz respeito ao uso das
Tecnologias Assistivas na Educação Básica.
Portanto, novas discussões e encaminhamentos estão sendo propostos pelos
pesquisadores com foco numa perspectiva inclusiva e que reverbere desenvolvimentos
imbricados entre si que favoreça um afetar o outro a fim de constituir um processo de
transformação dos sujeitos. Por outro lado, cabe também destacar que todo processo de
inclusão é desafiador e exige melhorias e adaptações tanto por parte da estrutura do local de
atendimento, quanto na parte prática pedagógica educacional da instituição de ensino na
Eduque se refere à busca de ampliação de ações inclusivas na primeira infância inserido no
contexto escolar da creche tem gerado estudos de Mantoan (2003), Manzini (2005), Mendes
(2010) e Souza (2019).
Uma grande discussão deste estudo perpassa pela premissa que se assenta em
reconhecer a inclusão na creche como um processo complexo que configura diferentes
dimensões: ideológica, sociocultural, política, econômica e ação relacional. Assim, conhecer
como ocorre o desenvolvimento cognitivo, os aspectos psicomotores, os processos
socioafetivos, a construção da linguagem, como se dá o processo de desenvolvimento e o
estabelecimento de vínculos são condições fundamentais para a compreensão das diferentes
necessidades especiais de crianças com alterações de desenvolvimento ou deficiência.
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A escola como espaço inclusivo enfrenta inúmeros desafios, conflitos e
problemas que devem ser discutidos e resolvidos por toda comunidade
escolar. Essas situações desafiadoras geram novos conhecimentos, novas
formas de interação, de relacionamentos, modificação nos agrupamentos,
na organização e adequação do espaço físico e no tempo didático, o que
beneficia a todas as crianças (BRUNO, 2006, p. 11).
Com base na Declaração de Salamanca (1994) é preciso que as pessoas que possuem
deficiência tenham garantida desde a Educação Infantil a possibilidade de independência.
No contexto desta Linha de Ação, a expressão "necessidades educativas
especiais" refere-se a todas as crianças e jovens cujas necessidades
decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem.
Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e têm,
portanto, necessidades educativas especiais em algum momento de sua
escolarização. As escolas têm que encontrar maneiras de educar com êxito
todas as crianças, inclusive as com deficiências graves. É cada vez maior o
consenso de que crianças e jovens com necessidades educativas especiais
sejam incluídos nos planos de educação elaborados para a maioria de
meninos e meninas (SALAMANCA, 1994).
Diante deste desafio, educar os sentidos talvez permita saborear mais as sutilezas das
relações do mundo na escola da infância para uma vida de qualidade e inclusiva que permita
investir na promoção da infância para uma sociedade mais justa amparada na condição de
oportunidade para todos os sujeitos, atenta aos grandes marcos de desenvolvimento no
cotidiano rico em oportunidades. Uma das maneiras de promover uma prática de escola
inclusiva é utilizar as Tecnologias Assistivas (TA) em prol da aprendizagem dos alunos com
deficiência.
A TECNOLOGIA ASSISTIVA NA PRIMEIRA INFÂNCIA: ITINERÂNCIAS E
POSSIBILIDADES
Essa tomada de consciência permite novos deslocamentos de procedimentos e ações
educativas que, na perspectiva de Charlot (2013, p. 278) provoca “a escola há de mudar para
contribuir para a construção desse outro mundo possível.”
Sobremaneira, estudos de Mantoan (2003), Bruno (2006), Sassaki (2009) e Souza
(2019), remetem a uma pedagogia centrada na criança capaz de educá-las, inclusive as que
apresentam dificuldades severas.
Para tal, é preciso utilizar-se de diversos meios que favoreçam acessibilidades,
primeiramente no campo curricular que requer organização do espaço, a eliminação das
barreiras arquitetônicas (escadas, depressões, falta de contraste e iluminação inadequada),
mobiliários, a seleção dos materiais, as adaptações das vivências através de brinquedos,
brincadeiras e jogos que são fundamentais para o desenvolvimento das crianças bem
pequenas.
Um novo paradigma do conhecimento está surgindo das interfaces e das
novas conexões que se formam entre saberes outrora isolados e partidos
e dos encontros da subjetividade humana com o cotidiano, o social e o
cultural. Redes cada vez mais complexas de relações, geradas pela
velocidade das comunicações e informações, estão rompendo as fronteiras
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das disciplinas e estabelecendo novos marcos de compreensão entre as
pessoas e o mundo em que vivemos (MANTOAN, 2003, p. 11).
Com o advento das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) no
século XXI, novas formas de comunicação auxiliam a transpor vários obstáculos e podem
colaborar no desenvolvimento das pessoas frente às particularidades, proporcionando
diferentes formas de interação e oportunidades na busca da aprendizagem e do vínculo nas
relações entre família, escola e comunidade escolar como um todo.
Nesse sentido, com a evolução tecnológica, inclusive as Tecnologias Assistivas (TA)
torna-se possível o descortinar de impedimentos entre pessoas com deficiência e os meios
que as cerca. No contexto brasileiro, Bersch & Tonolli (2006) revelam que TA é um termo
ainda recente e utilizado para caracterizar os recursos que potencializam as práticas
educativas para pessoas com deficiência.
A tecnologia assistiva é uma expressão utilizada para identificar todo o
arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou
ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e,
consequentemente, promover vida independente e inclusão (BRASIL,
2006, p. 18).
Bersch (2007) salienta que a TA foi criada como recurso de apoio aos profissionais a
fim de garantir o desenvolvimento das crianças no atendimento conforme as suas
necessidades específicas.
Nesse panorama, a tecnologia assistiva tem a função de contribuir com alicerces de
inclusão para que a criança da educação especial possa acompanhar com segurança e
tranquilidade as propostas educativas, bem como, “a criança desenvolver de maneira integral
conforme afirma os documentos legais” (BRASIL, 2020).
Quando se trata da infância, da escola e a mediação da aprendizagem desde a
tecnologia, existem várias questões que surgem sobre os riscos dos ambientes digitais, entre
eles: o excesso no uso de telas e os problemas que podem gerar atrasos no que tange ao
desenvolvimento infantil. Contudo, as tecnologias digitais também, se bem utilizadas, são
ferramentas com potencial para crianças com necessidades educativas especiais e com
deficiência as TDIC contribuem para a aprendizagem, a fim de se relacionar com outras
pessoas, exercer a cidadania e estimular o desenvolvimento infantil de maneira integral.
Frente a isso, as TA englobam desde a possibilidade de ampliação da fonte da letra
para melhor visualização como teclados ergonômicos, leitores de tiflotecnologia, próteses e
óculos inteligentes, cadeiras de rodas robóticas, enfim, softwares e hardwares que facilitam a
interação da criança com deficiência e a aprendizagem. Por outro lado, o termo tecnologia
assistiva (TA) ganha significado a partir do momento em que as pessoas com deficiência
começaram a frequentar o espaço educacional e serem respeitados neste processo inclusivo.
Garcia et al. (2017) observam que a TA possui características atreladas à
funcionalidade, isto é, na possibilidade de prover autonomia, independência, qualidade de
vida e inclusão social das pessoas com deficiência, bem como, pessoas com mobilidade
reduzida e/ou pessoas idosas a partir de sua utilização direta e pessoal pelos indivíduos que
dela necessitam. Trata-se de um dispositivo tecnológico em favor da humanidade.
Ainda sobre a relação à utilização da TA na educação, estudos como de Mantoan
(2003), Manzini (2005), Bersch (2007), Hetkowski (2008) e Galvão Filho (2009) apresentam
que requer do docente o desejo e a criatividade, acreditar nas possibilidades dos sujeitos e
uma atuação ativa a partir do conhecimento de todos os profissionais da educação e da
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família. Importante também situar que os estudiosos identificam fatores de sucesso e de
insucesso para essa utilização. Por isso, salienta-se que tanto a apropriação como a
participação de todos é condição essencial em um processo de prática de escola inclusiva.
Não obstante, refletir sobre as tecnologias assistivas, conforme aponta os
pesquisadores, é condição fundante no que diz respeito à inclusão social e educacional da
pessoa com deficiência. Junto a isso, o potencial destas tecnologias de assistência humana
está em favorecer diversas possibilidades tecnológicas que reverberam alternativas e
ferramentas para a realização de atividades cotidianas, oferecendo às pessoas com deficiência
segurança e condições de atuar como sujeito ativo na construção dos seus conhecimentos.
Partindo deste pressuposto, a TA pode ser considerada uma área de conhecimento
multidisciplinar porque ultrapassa o muro do espaço escolar para tratar de bem-estar,
desenvolvimento humano e a maneira da pessoa viver em condição saudável a própria vida.
Tal, constatação revela que todos os profissionais da educação na Educação Básica,
sobretudo, na Educação Infantil, devem conhecer e se apropriar da Tecnologia Assistiva,
compreendendo-a como “engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas”
Bersch (2007 p. 8) que potencializa o fazer pedagógico.
Nesse contexto, os recursos de TA estão muito próximos do dia a dia. Ora, causam
impacto devido à tecnologia que apresentam, ora passam quase despercebidos. Assim, de
acordo com esta revisão da literatura, afirma-se que no cotidiano do educar e cuidar das
crianças em período de Creche coexistem uma diversidade de usos de recursos tecnológicos
simples que favorecem autonomia, inclusão e as possibilidades de uma atuação protagonista
de todas as crianças com e sem deficiências.
Esta percepção, repercute sobre a atuação dos professores da Educação Infantil,
considerando que a formação docente deve promover um movimento constante de busca
para compreender a funcionalidades da TA, relacionando-as às atividades reais cotidianas
realizadas pelas crianças e/ou jovens e adultos do seu convívio. Trata-se de uma efetiva
participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, objetivando
aspectos como autonomia, liberdade de expressão, independência, qualidade de vida e
inclusão social.
CONSIDERAÇÕES
As Tecnologias Assistivas (TA) possibilitam um aprendizado mais significativo
promovendo a integração e a emancipação. A aprendizagem está intrinsecamente ligada às
experiências e às vivências do indivíduo ao longo de toda vida, como adulto, o ser humano
precisa adquirir habilidades para atender às necessidades que lhe são postas, bem como as
que permitam satisfazer os próprios anseios.
Pressupõe-se que cada ser humano é distinto e possuem características socioculturais
e maneiras diferentes de ser e agir. Portanto, é imprescindível sensibilizar a todos de que é
necessário ter essa compreensão, a partir deste entendimento, não há por que excluir o
indivíduo uma vez que, todas as pessoas são diferentes.
Com isso, a Educação Infantil (EI), a educação inclusiva e as TA representam campos
de constantes lutas para a sua promoção e desenvolvimento, no intuito de amplificar a
qualidade do atendimento para as crianças, sobretudo, as com deficiência.
Nessa conjuntura, as TA são importantes para o desenvolvimento educacional, para
a formação dos professores, para a escuta das crianças, porque está promovendo autonomia
para realizar atividades com segurança, com ou sem apoio, que não conseguiriam realizar
sem está tecnologias assistiva.
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De modo geral, conclui-se que as TA representam um dispositivo potencializador de
possibilidades inclusivas experienciadas pelas crianças de zero a três anos no período de
Creche-Educação Infantil. Contudo, a ressignificação da prática pedagógica na Educação
Infantil requer acreditar em crianças aprendentes e ensinantes em espaços que acolha a
diversidade como espaços que compartilham ideias, sentimentos afetivos, sociais, em que se
alimentam, cuidam da higiene e que as paredes da escola e o entorno repercutem um fazer
inclusivo que explorem a potência das relações das crianças e profissionais da Educação
Infantil com o mundo humanizando a cada troca. Sobretudo, seja um instigador para que
estudantes e profissionais da educação se sintam mobilizados a novas pesquisas e
descobertas.
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Submetido em setembro de 2022
Aprovado em outubro de 2022
Informações do(a)(s) autor(a)(es)
Nome do autor: Ma. Aldaci Santos Lopes
Afiliação institucional: Universidade do Estado da Bahia - UNEB
E-mail: aldaeduc@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6417-737X.
Link Lattes: 9425458672383477.
Nome segundo autor: Dra. Ana Cabanas
Afiliação institucional: Universidad Nacional de Rosario (UNR)
E-mail: anakabanass@gmail.com
ORCID: orcid.org/0000-0002-7841-1120.
Link Lattes: 2055275546735783.